domingo, 7 de dezembro de 2008
O tratamento de câncer maligno por meio
de Radioterapia, está causando
náuseas, vômitos e ardor na região afetada ? Já soube que os paleontólogos e arqueólogos
costumam datar a idade dos fósseis
por meio do método do Carbono-14?
O que tudo isso têm em comum?
A Radioatividade !!
O NAEQ inaugura a seção "e-Museu da Química" com a história de Madame Curie, como era conhecida Marie Curie, a precursora da Radioatividade, fenômeno esse que deu início à era da Física Atômica e Nuclear.
Marya Sklodowka Curie, vencedora do 11° Prêmio Nobel de Química, nasceu em 7 de setembro de 1867, em Varsóvia, Polônia, tendo sobrevivido numa época na qual a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, no século XVIII, ganhara novo impulso com a utilização do aço, petróleo e eletricidade. Ao mesmo tempo, o avanço científico progredia para novas dimensões um tanto impressionantes: eram as correntes do Cientificismo, dos ideais do Positivismo de Auguste Comte, do socialismo de K. Marx e F. Engels e do Evolucionismo de Charles Darwin tomando conta da Europa e que, aliadas às conturbadas manifestações de ordem sócio-político-econômica, culminaria, mais tarde, em 1914, na explosão da 1ª Guerra Mundial. Pouco depois de a Academia de Ciências da França ter-lhe negado uma cadeira como membro simplesmente por ser mulher, Madame Curie ganhou seu prêmio em 10 de dezembro de 1911 por suas contribuições relevantes sobre a radioatividade quando da publicação, em 1910, do "Tratado de Radioatividade", passando a ser a única pessoa do mundo (até então) a ganhá-lo duas vezes (a 1ª foi em 1903, com o Nobel de Física pelas descobertas, em parceria com seu esposo Pierre Curie (1859-1906), dos elementos polônio e, especialmente, rádio; ambos dividiram metade desse prêmio com Henri Becquerel (1852-1908) ). Marie Curie era a caçula de cinco filhos de um professor de Física, dotada de uma memória excepcional, inteligência invulgar, voluntariosa, bonita, tenaz e, sobretudo, precoce: aos 4 anos já sabia ler e, implacavelmente, era sempre a primeira em todas as matérias na escola. Para viver, trabalhou como preceptora, só indo inscrever-se na Faculdade de Ciências da Sorbonne, em Paris, no mês de julho de 1896, aos 28 anos, ficando em 1° lugar nos exames. Lá obteve os graus de bacharel em Física e Matemática.
Em novembro de 1903, obteve seu doutorado em Ciências Físicas, pela mesma universidade, por "Pesquisas de Substâncias Radioativas", onde afirmara que a uma certa quantidade de urânio corresponde uma igual intensidade de radiação e que esta última não é influenciada nem pelo estado de combinação química nem por circunstâncias externas. Noutros termos, a radiação se deve tão-somente a uma propriedade atômica do núcleo. Mas quando a radiação emitida pela pechblenda (minério de óxido de urânio) se revelou mais forte do que pudesse prever, especulou-se a existência de um novo elemento químico mais ativo que o urânio nesse mesmo minério, em quantidades infinitesimais (só para se ter uma idéia, é necessário duas toneladas de pechblenda para obter apenas um décimo de grama de rádio e que, por isso mesmo, pode-se imaginar o tamanho de trabalho árduo que o casal Curie tiveram que fazer, através de um grande número de separações por cristalização fracionada entremeadas de reações químicas), o que foi comprovado pelos mesmos.
A radioatividade abriu uma corrida na Era Nuclear, com as pesquisas em Química e Física se intensificando mais nessa área, suscitando polêmicas quanto aos seus malefícios e benefícios.Trouxe maiores esperanças de tratamento para vários tipos de câncer; em Química Analítica encontra aplicações na análise por diluição isotópica e na análise por ativação com nêutrons bem como serve para a determinação de estrutura de substâncias, dentre outros usos. Em 1895 casou-se com Pierre Curie, cientista francês famoso principalmente por suas pesquisas no campo da Cristalografia, e dessa união nasceram duas filhas, Irene (que mais tarde também ganharia o Nobel de Química, em 1935) e Eve. Faleceu aos 66 anos na primavera de Paris, em 4 de julho de 1934, aniquilada por perniciosa anemia, o mal que contraíra manejando o terrível elemento que descobrira.
03/05/1992
18/09/1998
Moeda com Maria Sklodowska-Curie, 10 zlotis poloneses em 1967.
Selos dos Curie, Agência de Correio Polonesa
“ Se as conquistas úteis à humanidade vos comovem; se ficais pasmados diante da telegrafia elétrica, da fotografia, da anestesia, e de tantas outras descobertas; se estais orgulhosos e conscientes da parte que cabe ao vosso país na conquista dessas maravilhas, tomai interesse, eu vos conjuro, por esses recintos sagrados que chamamos de laboratórios. Façais o possível para que eles se multipliquem. Eles representam os templos do futuro, da riqueza e do bem-estar social. É por intermédio deles que a humanidade melhora e cresce. É neles que o homem aprende a ler os segredos da natureza e da harmonia universal, enquanto as obras do homem são quase sempre obras de barbárie, de fanatismo e de destruição...”
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
As primeiras manifestações organizadas em defesa do meio ambiente remontam a meados do século XX no pós-II Grande Guerra, quando o homem comum tomou consciência de que poderia acabar definitivamente com o planeta e com todas as espécies, inclusive a própia. Após a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, iniciaram-se na Europa manifestações pacifistas contra o uso da energia nuclear em função das consequências desastrosas para a humanidade e o meio ambiente. Antes destas os registros ficam por conta de filósofos e pensadores, geralmente com variações sobre o mesmo tema: Deus e a Natureza, ou com os naturalistas e os cientistas ligados às chamadas ciências naturais, buscando uma melhor descrição e compreensão dos fenômenos da vida.
Entretanto para que possamos compreender a multiplicidade de ações geridas e perpetradas pelos ambientalistas defensores da utopia de uma relação respeitosa entre a espécie humana e a diversidade planetária, faz-se necessário a identificação das principais correntes do pensamento existentes no seio ambiental.
O Movimento Ambientalista
fonte:http://www.imoveisvirtuais.com.br/proximo.htm
quarta-feira, 18 de junho de 2008
O efeito estufa (ou efeito de estufa, como se diz em Portugal) é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como conseqüência disso, o calor fica retido, não sendo liberado ao espaço. O efeito estufa dentro de uma determinada faixa é de vital importância pois, sem ele, a vida como a conhecemos não poderia existir.
O que se pode tornar catastrófico é a ocorrência de um agravamento do efeito estufa que desestabilize o equilíbrio energético no planeta e origine um fenômeno conhecido como aquecimento global. O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente [1] diz que a maior parte deste aquecimento,observado durante os últimos 50 anos,se deve muito provavelmente a um aumento dos gases do efeito estufa.
Os gases de estufa (dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s (CFxClx)) absorvem alguma da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez alguma da energia absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30ºC mais quente do que estaria sem a presença dos gases «de estufa».
Um dos piores gases é o metano, cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono,é produzido pela flatulência dos ovinos e bovinos, sendo que a pecuária representa 16% da poluição mundial. Cientistas procuram a solução para esse problema e estão desenvolvendo um remédio para tentar resolver o caso. Na Nova Zelândia pensou-se em cobrar-se taxas por vaca, para compensar o efeito dos gases emitidos[1].
Ao contrário do singnificado literal da expressão «efeito estufa», a atmosfera terrestre não se comporta como uma estufa (ou como um cobertor). Numa estufa, o aquecimento dá-se essencialmente porque a convecção é suprimida. Não há troca de ar entre o interior e o exterior. Ora acontece que a atmosfera facilita a convecção e não armazena calor: em média, a temperatura da atmosfera é constante e a energia absorvida transforma-se imediatamente na energia cinética e potencial das moléculas que existem na atmosfera. A atmosfera não reflete a energia radiada pela Terra. Os seus gases, principalmente o dióxido de carbono, absorvem-na. E se radia, é apenas porque tem uma temperatura finita e não por ter recebido radiação. A radiação que emite nada tem que ver com a que foi absorvida. Tem um espectro completamente diferente.
O efeito estufa, embora seja prejudicial em excesso, é na verdade vital para a vida na Terra, pois é ele que mantém as condições ideais para a manutenção da vida, com temperaturas mais amenas e adequadas. Porém, o excesso dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, ao qual desencadeia um fenômeno conhecido como Aquecimento Global, que é o grande vilão.
O problema do aumento dos gases estufa e sua influência no aquecimento global, tem colocado em confronto forças sociais que não permitem que se trate deste assunto do ponto de vista estritamente científico. Alinham-se, de um lado, os defensores das causas antropogênicas como principais responsáveis pelo aquecimento acelerado do planeta. São a maioria e omnipresentes na mídia. Do outro lado estão os "céticos", que afirmam que o aquecimento acelerado está muito mais relacionado com causas intrínsecas da dinâmica da Terra, do que com as reclamados desmatamento e poluição que mais rápido causam os efeitos indesejáveis à vida sobre a face terrestre do que propriamente a capacidade de reposição planetária.
Ambos os lados apresentam argumentos e são apoiados por forças sociais.
A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na atmosfera. Essa camada impede a dispersão da energia luminosa proveniente do Sol, que aquece e ilumina a Terra e também retém a radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície do planeta. O efeito do espessamento da camada gasosa é semelhante ao de uma estufa de vidro para plantas, o que originou seu nome. Muitos desses gases são produzidos naturalmente, como resultado de erupções vulcânicas, da decomposição de matéria orgânica e da fumaça de grandes incêndios. Sua existência é indispensável para a existência de vida no planeta, mas a densidade atual da camada gasosa é devida, em grande medida, à atividade humana. Em escala global, o aumento exagerado dos gases responsáveis pelo efeito estufa provoca o aquecimento do global, o que tem conseqüências catastróficas. O derretimento das calotas polares e de geleiras, por exemplo, eleva o nível das águas dos oceanos e dos lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas. O superaquecimento das regiões tropicais e subtropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e de proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal. A destruição de habitats naturais provoca o desaparecimento de espécies vegetais e animais. Multiplicam-se as secas, inundações e furacões, com sua seqüela de destruição e morte.
fonte:http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm
A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.
Derretimento de gelo nas calotas polares: uma das consequências do aquecimento global.
Conseqüências do aquecimento global
- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Protocolo de Kyoto
Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
Conferência de Bali
Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.